Quando entrou lá na fazenda o carniceiro Pra comprar meus bois carreiro A pedido do patrão Eu fiquei amargurado ali num canto Meus olhos banharam em pranto Por ver tanta ingratidão Ouvi cochicho do malvado negociante O Brilhoso e o Brilhante Nem de graça ele não quis Aqueles bois na cocheira ali deitado Vai valer alguns trocado E o Maiado vale X Se eu pudesse ir dizer Que aqueles bois valem mais Que os dois aqui no conceito meu O carniceiro está zombando está sorrindo O patrão está cuspindo No prato que ele comeu Quando escutei, o negócio está fechado Eu fiquei desnorteado Minha vida transtornou Aqueles bois que ensinei deixei mansinho Um a um devagarinho Na carreta se ajeitou A carreta foi saindo de mansinho Eu fiquei escondidinho Na barranca do estradão Na esperança de mandar o meu recado No focinho do Maiado Eu consegui passar a mão O meu recado foi dizer naquele instante Eu também daqui por diante Estou esperando a minha vez As maquinarias no começo de janeiro Vai fazer com este carreiro O que fizeram com vocês