Numa fabrica de carros Que aconteceu esta história O vigilante noturno Que só pensava em vitória No meio dos operários Ele estava toda hora Por causa desse sujeito Tem gente que ainda chora Só vivia perseguindo Para achar alguém dormindo Pro patrão mandar embora. Certa noite o vigilante Não se via satisfeito Foi procurar no vestiário Com o seu plano já feito No corredor dos armários Ele encontrou um sujeito Que dormia num cantinho Deitado de qualquer jeito Vai ser o meu cartaz Quero ver este rapaz Ir embora sem direito. Pegou a chapa do moço Sorrindo de alegria Quando foi de manhã cedo Foi entregar pra chefia O operário calado Nada pro guarda dizia O guarda estava feliz Por ter uma melhoria Com este caso ocorrido Eu posso ser promovido A chefe da portaria. O guarda no outro dia Foi falar com dr. Mário O chefe do escritório Para ver lá no fichário Encontrei alguém dormindo Lá dentro do vestiário Empregado vagabundo É um ladrão de salário Se chama josé rossete Dois mil e cinquenta e sete É a chapa do operário. Puxando a ficha no arquivo Veja o que aconteceu Dr mário desmaiou A ficha o guarda que leu Olhando a ficha de luto O guarda enlouqueceu Carimbo feito de sangue Do acidente que sofreu Quem dormia no vestiário Jamais será operário Faz dez anos que morreu.