Tião Carreiro e Pardinho

O Menino da Porteira

Tião Carreiro e Pardinho


Tom: A

[Intro] E7  A  E7  A

[Tab - Solo Intro]

E|--10--10--10--9---0--0--0--2--4--2--0-----5--|
B|--12--12--12--10--2--2--2--3--5--3--2--3--5--|
G|---------------------------------------4--6--|
D|------------------------------------------7--|
A|------------------------------------------7--|
E|------------------------------------------5--|

                                             E7
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino
                                      A
De longe eu avistava a figura de um menino
                                              E7
Que corria abrir a porteira depois vinha me pedindo
                                       D    E7    A
“Toque o berrante ,seu moço, que é pra eu ficar ouvindo”
       D                                 E7
Quando a boiada passava e a poeira ia baixando
                                  A
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando
                                            E7
Obrigado boiadeiro, que Deus vai lhe acompanhando
                               D      E7   A
Pra aquele sertão afora meu berrante ia tocando

( E7  A )

                                               E7
Nos caminhos dessa vida muito espinho eu encontrei
                                                  A
Mas nenhum calo  mais fundo do que isto que eu passei
                                              E7
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei
                             D       E7       A
Vendo a porteira fechada o menino eu não avistei
  D                                       E7
Apeei do meu cavalo no ranchinho à beira chão
                                         A
Vi uma muié chorando quis saber qual a razão
                                           E7
“Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão
                                 D       E7  A
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração”

( E7  A )

                                            E7
Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem
                                         A
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem
                                            E7
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
                             D    E7       A
Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem
   D                                     E7
A cruzinha do estradão do pensamento não sai
                                          A
Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais
                                                E7
Nem que o meu gado estoure, que eu precise ir atrás
                              D      E7    A
Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais