Num prédio de alto luxo, adentrou no elevador Com um traje de gaúcho e sotaque do interior Um moço recém chegado, uma violinha trazia E no mesmo elevador linda garota subia A moça era tão linda e com uma flor parecia O rapaz admirado Como quem apaixonado A ela se dirigia A reação da mocinha foi um poço de arrogancia A sua classe da minha dá pra notar a distância Pelo traje de vaqueiro e a sua violinha Deve ser um trapaceiro e cantador de modinha Não suporto violeiro e nem me envolvo com gentinha Moro no oitavo andar Vá sua turma procurar Não se meta com a minha O rapaz meio espantado não chegou perder a linha Com jeito muito educado respondeu para a mocinha Se com gente do meu nível você nunca se mistura Realmente sou violeiro mas também tenho cultura Eu vim aqui a negócio e escute bem criatura Esse prédio na verdade É minha propriedade Desde o térreo à cobertura Eu não entrei por acaso dentro deste elevador Vim receber com atraso aluguel de um morador Já que a boneca me disse que mora neste edifício É lá pro oitavo andar que trazer um ofício É uma ordem de despejo e não quero rebuliço Pois quem diz tudo que pensa Deverá ter recompensa Pra saldar seus compromissos