O riozinho pequeno avistei Da porteira só restam sinais A estradinha onde eu caminhei Amparado pelo velho pai Alguns tocos da velha morada Encomberto por canaviais Eu amei cada palmo de terra Do riacho até lá na serra Por tudo isso a saudade é demais Todo ano eu volto pra lá Reviver o que ontem vivi Meu passado se torna presente E revivo o que eu nunca esqueci Nesse instante eu sou uma criança Tudo isso foi feito pra mim Me acorda, codorna insolente E a terra que eu tinha na mente Foi coberta com soja e capim Vejo o resto de carro de boi Que o milagre do tempo guardou E a figueira que lhe protegia Com o tempo também já secou Vejo ali a cabeça de um boi Que, talvez, esse carro puxou Seus dois riscos gravados no chão Dividiram o meu coração Em carreiro e mestre doutor Em carreiro e mestre doutor