Belo altar Mente melancólica E eu altamente metafórico Entre xícaras de café E um jazzin de fundo Me questionando Pronde será que foi meu mundo? Linda, me liga, melhor não Difícil ver o tempo romper seus créditos Sem nem sequer ter feito uma ligação Bem que cê disse, nessas horas falo pouco Ó que previsível, nessas horas cê fica louca Novo nível, daqui a algumas horas tiraremos a roupa De nossos egos, nossos medos, nossos traumas Sei lá, fazer do sexo um assunto pra alma Vem cá, qual foi da falha de comunicação? Minha frieza, nossas incertezas ou só a interpretação? Eu juro que me esforço, juro que me enforco Pra que tudo isso vá além dos corpos Forte tempestade Chuva brava Quando a gente só varre Papai do céu vem e lava Invadiu a minha base Esvaziou minhas frases Não treme Coragem! Morreu quem ficou no quase Não vê que o que a gente tem feito É muito mais que música Um ato tem efeito Abala as estruturas Preciso aprender a compreender Parar de questionar e ser Vai se subestimar pra que? Agarra essa chance com fome Como se fosse a única Caiu, tem revanche, lute como se fosse a última E aviso aos navegantes Inclusive, aos retirantes O mar não tem cabelo E afoga os ignorantes Melhora o semblante Interprete como quiser Mais um ser errante, vai O Homem de pouca fé No fim são só lágrimas tatuadas E cabe a nós observar O que parecer ser não é