Rebentou-se as nuvem acinzentada Trovejou o céu por sobre o couro cabeludo Enfeiou o tempo de lamúria Derramou-se as lágrimas por sobre o piso escuro Balançando o reino do futuro Convidando o homem pra morrê no mundo Rebelou-se o santo protetor Dando murro em vela que estava por cima do altar Ateou-se fogo num papel de prece Esbarrou garrafa de água benta espalhando os cacos Cortando seu calcanhar Balançando o reino do futuro Convidando o homem pra morrê no mundo Em punho o punhal que rasgou o bojo do céu Em pranto rasgado o tormento trovão que atormenta a cabeça do réu E quanto aquele que jazia por debaixo de tamanha fúria?! E quantos campos verdes, vivos, todos queimados por sua injúria?! Balançando o reino do futuro Convidando o homem pra morrê no mundo