Era o livro teu, rapaz que me consola Era o meu destino não te suplicar Era o meu vestido a roçar paredes E quebrando enfeites em cima da mesa Pela mão tão forte que me agarra a coxa E me prende louca pelo teu pulsar No amor que não devia acabar E lá na prateleira Na terceira fileira O livro que me deu Só hoje eu entendo Que o canto do encanto Era o teu sinal Me diz agora como fico Toda empoeirada? Meio desgastada e ainda marcada onde tu não leu? Se era pra me abrir inteira Degustar prefácio, dizendo: Tão fácil E sorrindo à capa O que aconteceu?