Ah, quero ser teu Orfeu Cantar nos teus braços Meu poema ateu Fazer do teu sexo O meu verso controverso Meu desejo é festa pagã Quando eu te beijo no Copan Quando vem a noite Eu sou o amante Que você devora De trás para frente Feito Bacante Lambendo seus dentes Pra mastigar meu coração Pelos bares da Consolação E assim derretendo Na tua saliva Ser a substância enlouquecida Com que se escrevem Cartas de amor Deixa ser teu Orfeu Cantar o poema ateu Poema teu Poema ateu Que eu fiz pra ser cantada