Seres de luz Me acompanham Enquanto eu componho Uma nova oração Pro Deus que sou Que acompanha Tantos outros deuses pretos Que eu chamo de irmãos Seres de luz Curando o corpo em comunhão com a alma Coisa que médico hoje em dia não faz E se eu olho pra trás eu vejo um futuro Preto sobre um muro Alguns vestidos de vermelho Outros de verde e amarelo Enquanto a esquerda e a direita trocam tiros E o meu povo é almejado Sem ter nada a ver com este duelo E eles nunca gostaram de nós Só nos suportam pois nós Sempre fomos mão de obra mais barata E tentarão nos esmagar feito baratas Quando substituírem nossa mão de obra por robôs Nossa mão de obra por robôs Nossa mão de obra por robôs Não faz sentido algum os pretos terem levantado esse país Se quem vive nesse país Só tenta derrubar os preto É tipo filho que bate na mãe Tá precisando aprender mais sobre respeito Brasil parece um leito de morte Pros nossos valores Quem sobrevivem da extração constante De poesia das dores Reescrevendo a vida do jeito que dá E às vezes dá pra chegar vivo ao fim do mês Com um qualquer no bolso Um sorriso no rosto E um descanso merecido em um feriado qualquer Pena que passa rápido demais E amanhã a gente volta a ser qualquer um Em meio a vários que assim como nós Tão esperando a chegar sua vez De acertar a boa, mega sena, fé à toa Não se pode sonhar muito Quando se tem que acordar às seis Quando se tem que acordar às seis Hoje eu tenho que acordar vocês (acordar vocês) Quando se tem que acordar às seis (às seis) Seres de luz Me acompanham Enquanto eu componho Uma nova oração Pro Deus que sou Que acompanha Tantos outros deuses pretos Que eu chamo de irmãos Seres de luz Me acompanham Enquanto eu componho Uma nova oração Me acompanham