Sentado na cadeira ele se arrumou Deixando a roupa leve pra nao apertar O copo da cerveja preta de rancor Era só mais um pretexto para nao virar Ja no primeiro gole ele se assustou Com todo aquele jeito que só era seu Falando sem sentido para nao dormir As palavras que faziam tudo aparecer No meio da sua calma ele se lembrou Que a casa era vazia mais de uma vez E que a culpa desse choro que ele disfarçou Era da cabeça sobria que ele nao quis ter, nao quis ver O copo em sua mao, cerveja preta O copo em sua mao, cerveja preta E com a cara de tacho que ele ensaiou Moveu seus braços roucos de tanto pesar O copo da cerveja preta do rancor Era só mais um pretexto para consolar Na ultima garrafa ele se assustou Com todo aquele jeito que nao era seu Falando sem sentido antes de dormir As palavras que faziam desaparecer E no meio da sua furia ele se lembrou Que a casa era vazia mais de uma vez Ea culpa desse choro que ele desatou Era da cabeça tonta que ele nao quis ter, nao quis ver O copo em sua mao, cerveja preta O copo em sua mao, cerveja preta