Quando o toque congela Te faz ouriço e cora o rosto Te afunda no escuro do olho Te amarra a garganta E de riso só resta o esboço No escuro do olho Luz não decorre em sinapse Alonga o escopo, miragem! Desfaz-se a ideia E, no encontro, a pessoa refaz-se Choque-se Com a vasta gama de seres possíveis Que passam em branco e parecem risíveis Mas ligam os limbos opostos no modo sensível Pele (pele) Ouriço (ouriço) Por fora, nada se altera, a não ser movimento Desfaz no tecido, se funde com o vento Condensa em suor e sucede volátil no tempo