Dá-se a flor: Corola, cor E essência Dádiva de puro amor E urgência Pois sua existência não Demora Tem a mesma duração Do agora Quem tem a respiração Precária de muito querer Calará Quando a flor morrer Ah, se o tempo (e não a flor) Caísse E a inocência do penhor Saísse Ah, se houvesse a remição Do impasse E o jardim dessa aflição Fanasse Quem faz da imaginação O orvalho de todo porvir Cantará Quando a flor se abrir