Um ponteiro no 4 outro no 12 Saio de um velho bar, na porta closed Centro da cidade madrugada é parque Na garganta o amargo dos tragos, conhaques Nóias, bandidos, ruas moradores Homens travestidos, peruas, pixadores Odores da cidade cinza Hienas assolam nem cola tô ninja De role sem buzo eu volto pra goma a pé Meu capuz capuz, jesus, eu memo e minha fé No pé aquela velha bota da slum Se moscar no front na fonte é só um Dito e feito, vejo um sujeito na espreita Rosto conhecido eu já vi na rua direita Se ajeita engatilha, cano na minha face O bom é que vilão de rua não usa disfarce Onde cê vai? Onde cê vai eu sei O que cê quer? O que cê quer eu sei Num mosca não, num mosca não falei Cuzão num encrua, da rua eu conheço todas leis Foi uma coronhada, seguida de outra Querendo os meus bang o sangue enxarca a toca Na boca aquele velho gosto de vingança De pegar pra zoar e fazer chorar que nem criança Engatilhou a arma, minha alma pediu calma Olhei na bolinha e falei, segura o trauma Acatou as idéias, abaixou o cano Um soco na minha face, mandou sair andando Pior erro cometido vê só (só) Ladrão que é ladrão, vai segurar os b.o Logo liguei meu mano que de moto não demora Na cinta 8 janelas que qualquer janela estoura Localizei o bico, eae moleque doido Na miséria de uma bala, clik clék leva oito Onde cê vai? Onde cê vai eu sei O que cê quer? O que cê quer eu sei Num mosca não, num mosca não falei Cuzão num encrua, da rua eu conheço todas leis Um ponteiro no 4 outro no 12 No bar ela me olha sorri fazendo pose A essa hora da noite vai saber qual é a dela Abracei, me joguei, vamos ver o que me espera Propôs um lance a dois