Estou alimentando minha alma Estou amordaçado embaixo d’água Palavra na palavra preso à marra Estou me preparando para a guerra Estou me sustentando em corda bamba Nos altos edifícios da cidade Carrego a pedra ao topo da montanha Espero a águia vir preso nas grades Sem ser o que seria já quem sabe Olhando no espaço as astronaves Um deus que me alimente de verdades Será possível à sombra da maldade Sem o que seria por que antes Teria preso as mãos uma corrente E as vozes ecoando tão distantes Nos dias cultivados como sementes