Sou um demônio escondido Na penumbra do meu quarto, A olhar no espelho a vaidade De um demônio cego. A sede me leva a me infiltrar Novamente entre os mortais, Queria chorar por vocês, Mas me bastam suas próprias lágrimas. E ao mortal só resta chorar Eternamente por seus mortos. Que destino simples de se ter, Nascer para morrer. Sou condenado a vagar eternamente, Passo os meus dias entre séculos perdidos, Cedo ou tarde esqueço que este sentimento É efêmero e eu absoluto, E caio de cabeça em mais uma aventura Que me custara lagrimas a beira de um tumulo. E em qualquer lugar eu começo de novo, Os mesmos truques, os mesmos jogos, Somente jogadores diferentes De espíritos iguais. Mas não me preocupo, Pois tempo é algo que eu tenho, E gosto de ver, sempre começa chover Quando um imortal chora. Me de seu sangue para que eu possa ser eterno, Deus vive de sua oferta e lhe abençoa com que ele Não pode ter.