O que restou de nossas vidas Se ela mesmo nos queima Vivos e nos empurra num precipício O que aconteceu com os nossos ideais? Transformaram a vida em mera relação monetaria Sinto nojo ao ver O sonho burguês entrando Em nossas calçadas Vida de flor e sorrisos Como um teatro ao ar livre O que restou de nossas famílias? E a massa faminta que caminha? Mais um dia oprimido pelas coisas Que somos obrigados a desejar A vontade de explodir aumenta E o desejo de sentir o vazio, cresce Enquanto os ratos acompanham nosso jantar Os nossos amplificadores choram e gritam Sonhos e desejos, como alice Acorde, o sonho acabou Descanse em paz!