O que espera de mim? Lá estava ele Se deliciando com seu sangue Com um prazer puro e desprezível Ele também não esqueceu suas entranhas Fez questão de arrancá-las Nem se quer se incomodava Com o suor que descia em sua testa E nem com os urubus e moscas Que rondavam o local Ele foi legal Tirando a parte de seu cheiro Foi bem agradável aquela rápida visita Não deu tempo fazer nada Mais mesmo se eu pudesse Não te ajudaria Afinal ele só quer o seu bem E se ele arrancar também suas víceras Não vai ser para o seu mal Quando cheguei A minha presença não importava a ninguém Espero que continue do mesmo jeito Ninguém atendia a campainha Era isso que mais me irritava Ao som dos sinos de natal Acontecia um estrangulamento Ele não esquecia de nada Sua própria fúria o sufocava Ele nem se quer olhou pra traz Bem conveniente Só espero que ele termine seu dever Mais que não me note lá e nem aqui Ainda não eu espero Acabei entrando pelos fundos E quando cheguei à sala Estava lá para sempre o seu corpo Num estado tão desagradável Que foi possível ver Seu intestino por completo Quero que descanse em paz E que quando te enterrarem Espero que a terra termine de te destruir