Há poesia que desce nos morros O papel rasgado no chão, o corpo Em cima da mesa, o sangue melado no chão No mangue onde encontro comida no ar seco Do meu sertão Na máscara de carnaval ao balão de São João Nos rifs de nossas guitarras ao acorde do seu violão Das alfaias da Nação Zumbi No piano de Tom Jobim A música brega do bordel Até as mais belas poesias do cordel Há ainda há poesia Há ainda há poesia Há ainda há poesia Há ainda há poesia Há ainda há poesia Há ainda há poesia...