Assistir TV, procurar o que fazer Ler um livro sei lá, ter o que comemorar Acorda toda noite, a insônia lhe namora Procura no escuro o que lhe apavora Arrancam-lhe os sonhos lhe propõe Os pesadelos as crianças o adoram Do futuro ele tem medo Criado pela rua protegido por ninguém Amante do pecado do mal e do bem Mas ainda diz Que é feliz E que as tristezas Não vão, mas lhe atormentar Desliga a TV se deita se levanta Pega o seu violão e às vezes também Canta As melodias fracas que já cansaram de escutar De banda como se essas que estão a escutar Mais é sempre a mesma coisa é sempre tudo igual Fica rindo ao passado o herói-cara-de-pau