Tumbeiros, navegam no mar de um choro negro Tambores, ressoam o sofrer da escravidão Nem a realeza escapou do mercado da cor Que humilhação, no cais o comércio aflorou Ê saudade de lá, ê saudade de cá Numa viagem sem volta Meu povo do lado de lá (Ê saudade) Luz de esperança no mar O tráfico reduziu Mas o suor do negro continua a escorrer Luz de liberdade no ar Nossa cultura não sucumbiu É pequena África a nascer Gira baiana, baiana gira Na casa de ciata tem batuque todo dia Baiana gira, gira baiana Um dia é de axé e o outro tem festa profana Ah, celeiros de bambas Entra na roda, toca pandeiro No samba, o negro é realeza E em cada degrau, dessa história Nossa herança verdadeira! Liberdade, resistência É nosso patrimônio cultural O feitiço da pedra do sal