Sou eu quem vai te devorar Canta minh'alma de pele vermelha A tribo progresso chegou pra lutar E a consciência despertar Foi assim (será que foi assim?) Destemido muambeiro Singrou mares, todo prosa Salivou pelas delícias dessa terra Seu colombo, me permita Essa índia é esquisita Nem sinal dos teus temperos terra à vista! Mesmo assim, que maravilha! Tal riqueza, não previra Assanhado de cobiça, me esbaldei Num cenário exotique, vai rolar trambique São as férias que sonhei! Tinha tanga de pena Pintou clima além-mar Vi o índio comer gente E ninguém pra reclamar Depois a comilança continua Na cultura, o sucesso foi geral Minha tribo vai pra rua E transforma a catequese em carnaval Pra devorar, não tem preguiça Com terra em transe, é proibido proibir Me diz por quê Com tanto pão, eu tenho fome? Revira lixo, bicho-homem Um dia, eu quero responder! Será que um índio faminto virá redimir? Feito o sol tropical Reluzir o nosso amanhã