Que é que há? tão querendo me tirar? Não assumo essa culpa Nem embaixo de pancada de chuva de canivete E não te meter a besta, tipo burro, Pra você pode ser Aquela figura infernal que espalha o mal Que tal viver a vida inteira Subindo num pau-de-sebo Buscando sossego? Escorrega, cai E, pra completar a rima, Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima Sempre chegam muito perto do buraco E dão o salto maior que a perna E, quando sentem o perigo, já era Acabam na horizontal, sete palmos abaixo do chão Lá se foi mais um irmão Que poderia ser um doutor, Uma celebridade nacional, Um thaíde, um mano brown Esses dois últimos Procurados por tráfico de influências e informações Usam alto índice de verdade em suas transmissões Verdades estas ignoradas pelo povo que tem dinheiro E nunca esteve nem aí pro povo pobre brasileiro Que revida aos ataques Não quer mais viver no chiqueiro, aguaceiro, lamaçal Destruição total Condição de animal, gado, de preferência Que aumenta a audiência da televisão Me dá o controle, vou apertar o botão! Refrão A imagem que você vê Não é nada A imagem que você vê Te arregaça Todo dia, milhares de emissoras mostram o melhor Em termos de ação e aventura, Civis desesperados, polícia na captura Thaíde adverte: Absorver todas as informações dadas pela tv É prejudicial à cabeça Principalmente aquelas Que não te ajudam em nada Às vezes eu tô em frente à tela e digo: Ora, bolas! dizem pra eu não beber, não fumar Mesmo assim me vendem a droga Eu não sou racista, mas sou radical Acompanhem meu raciocínio, Minha opinião e tal Na tv parece que só o branco é que escova os dentes, Compra carro, é professor, tem profissão... O negro só aparece como empregado, vendendo bebida Ou pagando prestação Quando vê um gato pingado acha que tá muito bom Religião agora é sinônimo de dinheiro Tem grande aceitação no território brasileiro O dízimo deixa o pastor mais rico Com uma grana que era sua Os que se dizem pai-de-santo Jogam búzios e lêem cartas no meio da rua É palhaçada pura! Tudo isto tenho visto, é o anticristo Em tela e transistor, Totalmente o oposto Daquele homem enrolado num pano De braços abertos com prego fincado na palma da mão Deus não quer seu dinheiro, Ele quer sua fé, seu coração Tô muito injuriado É melhor eu passar pro refrão Refrão A exploração já rola há algum tempo E o sofrimento alheio é jogado ao vento, Ou melhor, no ar, como atração principal: Vence o programa que mostrar mais desgraça e tal E segue o ritual Uma pá de patricinha e mauricinho numa academia Malhação total, eu mudei o canal O deputado foi fisgado E pra dar uma de coitado chorou feito criança Em frente à tela, Safado, ladrão de pai de família trabalhador, Tinha que ter saído direto da cpi, Indo pruma cela limpar cocô de corredor em corredor O povo é assim Assiste à tv só com a metade da mente ligada Com certeza a outra metade tá alienada Não tem opinião formada sobre nada Assiste qualquer besteira que lhe é passada Com o despertar da nova era, Tô pronto pra guerra Meu arsenal é verbal e vim pra iluminar as trevas Matéria-prima lapidada, conceito eficaz Mente criadora, estilo sagaz Vivendo num mundo em constante desenvolvimento Não seja escravo televisivo, fique atento a novos conhecimentos No brasil do futuro, a era da informação: Tv a cabo, internet, globalização É claro que isso não está na mão da maioria Pois vejo lado a lado miséria e tecnologia Grandes centros urbanos Todos modernizados Periferia e favela sem saneamento básico Pense nisto O que eu falo é real, não é boato Aqui é thaíde on-line relatando os fatos Refrão