Certo dia que lá vai Passeava o filho e o pai Num prado cheio de flores Viram um burro malhado Com o coiso pendurado A pensar nos seus amores Pergunta o miúdo e bem Olhe o que o burro ali tem O que é aquilo paizinho? E o pai atrapalhado A gaguejar e corado É o burro que é doentinho Passou-se um mês e também A passear com a mãe Deu-se a mesma situação Lá estava o burro á maneira Com aquela parvoeira Que até batia no chão Mãe olha aquele burrinho Que está muito doentinho E a senhora até corou Com certeza vai morrer Ele já está a sofrer Foi o pai que me ensinou Ora, ora diz a mãe Teu pai não regula bem Nem é lição que se desse Ai pobre do meu Joaquim Pois uma doença assim Queria eu que ele tivesse