Um aboio de vaqueiro É um canto improvisado Entoando as vogais Na sua lida com gado É canto gregoriano Ninguém sabe explicar A toada é dolente Faz o boi acompanhar Guarda-peito e perneira Chapéu de couro e gibão Um rosário e as luvas Pra derrubar barbatão Essa é a sua vida Da caatinga ao marmeleiro Cavalo bom de trabalho Pra correr no tabuleiro Na caatinga o vaqueiro Conta as suas proezas Sua saga pelos campos Na alegria e tristezas Nas quebradas do sertão Esse canto é guerreiro A canção da união É o aboio do vaqueiro O viver de um vaqueiro É gado, campo e cavalo A cantiga do aboio Cria a vida num estalo Existe um mote antigo Lá nas bandas do meu chão Eu sou um pobre vaqueiro Boiadeiro é meu patrão