Vem o barco clandestino Já cruzando meio rio Boca de noite calada Estrelas mortas de frio Os quero-quero do campo Deram anúncio à cruzada De repente, um tiroteio Abriu clarão na picada Aos gritos de esteje preso Foi detida a embarcação Guardas ficarão surpresos Ao conhecer Velho João De oitenta anos pescava Nas águas mansas do rio Pesqueiro não deu mais peixe Depois que o velho sumiu E a noite perdeu a fala Estrelas mortas de frio Ficou o barco clandestino A pescar a meio rio