Tive notícia Que no rancho do polaco Tem um matungo veiaco De arrastar a cara no chão Sou negro Mário Que se agarra nos arreios E se rodar eu meu boleio Já de cabresto na mão Eu fui criado Na estância do arvoredo E pra domar tenho segredo Que eu herdei do meu avô Quebro do queixo Pra depois domar debaixo E quando encilho, quebro o cacho Pra saberem quem eu sou Quando eu nasci Quiseram me botar fora Mas o tinido da espora Que me fez ressuscitar Com três mangaços E um grito no pé do ouvido Eu acordei sem um gemido Nem vontade de chorar Por isso eu vivo Taureando com a judiaria Mas nem bem clareia o dia Já sei a lida de cor Faço do potro Um amigo dos arreios E se arrebentar pelo meio Saio na parte maior