A chuva que molha, as folhas do cafezal O sereno que vira orvalho no amanhecer O calor do meu corpo, os transforma em suor Quanto juntos, os dois viram um só Nos meus olhos, viram lágrimas no entardecer O ribeirão que passa, do lado do estradão Vem da montanha, trazendo o cheiro do mato Em suas águas, brilhantes e espumantes Vou lavar, o meu rosto e molhar os pés Pedirei para águas, que tragam de volta, a pessoa desse retrato A natureza bela, amiga e sorridente É minha grande companheira, nesse bonito sertão Só choro e imploro, porque minha felicidade Está na grande cidade, em uma tal faculdade Fiquei sozinho, na beira desse caminho, com essa foto na mão Se as águas do ribeirão, não levarem a foto sua Vou pra essa tal cidade Em busca da felicidade Mesmo que eu fique, perdido na rua