Você vai lá prá fronteira Leve uns versos por lembrança Dá este recado em rimas Diz que a saudades me cansa Se encontrar com aquela ingrata Não fale em mim por vingança Também não digas prá ela Que eu moro em Porto Esperança Dá um abraço nos amigos No meu pai e meu irmão E diga pra minha mãe Que é dela o meu coração Que eu carrego o seu retrato Dentro do meu violão Cada vez que eu olho ele Eu escrevo uma canção Só não conte a minha mãe Que eu aqui tenho chorado Saudade que tenho dela É o que tem me judiado Se ouvisse os seus conselhos Não tinha me separado E a mulher que eu amei Não tinha me enganado Diga que aqui em Porto Esperança Tem alguém que me adora Uma moça muito linda Quer conhecer a senhora Se eu voltar pra minha casa Levarei a sua nora Vou dar mágoa aquela ingrata Que a tempo me jogou fora