O João era um pobre rapaz Certo dia uma moça ele viu Gostou dela, ela gostou também E na igreja prá sempre se uniu Com um mês de casado o joão Resolveu pelo mundo sair Abraçado na esposa chorando Disse a ela meu bem vou partir Meu amor vou partir Pelo mundo em busca de riqueza Amo tanto minha esposa Não suporto lhe ver na pobreza Sem poder atacar Pobre esposa chorava profundo Vai meu bem eu te espero E o joão saiu pelo mundo O João ninguém mais soube dele Muitos meses no mundo viajou E na casa de um alemão Certo dia ele ali se empregou Completou vinte anos de casa O patrão sem as contar acertar Até os filhos do próprio patrão Trabalhando ajudou a criar Vinte anos hoje faz Que eu deixei minha linda senhora Meu patrão faça as contas E me pague, amanhã vou embora Vinte anos de vivência A família chorava e o patrão Vê se queres um conselho Ou então eu te pago João O João toda noite pensou Se aceitava o conselho ou dinheiro Resolveu aceitar o conselho E ouviu seu patrão companheiro O patrão deu um lote de gado E um cavalo encilhado também O conselho tu penses três vezes Se tiveres que matar alguém Uma bolsa de ouro e prata Ao João ele deu de presente Pela estrada retornava O João vinte anos ausente Ao chegar na casinha Pela fresta da porta ele olhou Viu a esposa já grisalha Viu que um padre em seu rosto beijou O João seu revólver sacou Deu um soco, a porta foi ao chão Quando ia apertar o gatilho Lembrou o conselho do patrão Enquanto pensava três vezes A esposa lhe reconheceu Abraçou ao pescoço do joão Chamou o padre que nada entendeu O João ao partir Não sabia que ela esperava Um filho que prá padre Este ano o mocinho estudava A esposa abraçava O marido contra o coração Puxou o padre contra os dois Este padre é teu filho João