Só queria me tornar alguém que fosse respeitado Só queria com essa forma poder ser aceitado Não aguentava mais, como um monstro sendo chamado Chega de ser taxado e de ser humilhado Tarde cinza, a neve congela o chão Eu tentava segurar a corda escorregadia igual sabão Sem vacina e sem salvação Aquele que me derruba é o mesmo que me ergue a mão Escalando a montanha com gelo entre os dedos Mas a chama de amizade ardia dentro de peito Carrega nos ombros, em meio a escombros E lealmente transporta um nakama entre os dentes A neve plana no ar, aumenta o rogo, canhões tiros de fogo Foi ele que me ergueu quando eu implorava por socorro A ameaça acerta em cheio o peito de pirata surpreendente Só pra manter de pé a Jolly Roger de um doutor louco Que ele nem ao menos conhecia Mas foram cortadas as esperanças Amizade essa que eu não havia presenciado Pela minha própria espécie de monstro era chamado Preso em pensamentos, sem conseguir sair pra fora Fecham-se as portas Aquele que me alimenta é o mesmo que me devora O que seria de um médico que não consegue se curar Ir embora em meio a queda das pétalas de Sakura Ódio pela cor azul que tanto me trouxe dor Coincidentemente a cor do mar onde o tive o meu valor E eu fui convidado mesmo não estando no mesmo nível Pelo símbolo da convicção que desafia o impossível Aquele que me acolheu Me ensinou algo diferente Que o nosso valor não se enxerga, e sim se sente Mostre do que é capaz E não desista jamais Do sonho de ser médico escolhi correr atrás Nunca o esqueci Tudo que fez por mim E sempre entenderei sua decisão até o fim Vou seguir para os mares E seu desejo vou cumprir E com meus novos amigos eu enfim serei feliz Mágoas escondidas por um semblante externo de mistério Medo interno Pra quem devo rezar quando estou dentro do inferno? Sem amor paterno ou materno, nem mesmo amor fraterno Estala nas costas o singelo, flagelo, sincero De um sentimento preso aqui dentro Pétalas ao relento Eu me firo a cada dia mais Mas tudo se apaga e a vida fere com a espada e propaga Eu me sinto afogando em minhas próprias lágrimas Passado triste, destruidor Vivendo entre ódio e amor Já sofri calado, subestimado Mas nunca na vida senti rancor Com o fucinho azul, tratado diferenciado Dr Hiluluk, cuidou dos meus ossos todos quebrados Embaraçado por um fato, veneno, intrigante Arde o peito só de ver a nossa foto na estante E naquele instante, farei por onde ser aceitado No bando chapéu de palha farei jus a seu nome e seu legado Aquele que me acolheu Me ensinou algo diferente Que o nosso valor não se enxerga, e sim se sente Mostre do que é capaz E não desista jamais Do sonho de ser médico escolhi correr atrás Nunca o esqueci Tudo que fez por mim E sempre entenderei sua decisão até o fim Vou seguir para os mares E seu desejo vou cumprir E com meus novos amigos eu enfim serei feliz