Hoje bem cedinho mergulhei no jornal Os fatos, as fofocas tudo é sempre igual As últimas do esporte, as novas do governo Ai meu Deus do céu como esse mundo é moderno Vejo os meus desejos espalhados no chão E vem um grito lá do fundo do coração Não mãe, não, não mamãe Você não me criou pra viver na solidão Não mãe, não, não mamãe Você não me criou pra viver na solidão Não, não Saio pro trabalho sem pensar no amanhã Ganho o meu sustento pra gastar no divã Do asfalto preto quente o ar tá de ferrero Nisso lembra um certo filme que eu assisti Vejo o meu futuro dando um beijo na lona Tudo a minha volta justifica e apronta Não mãe, não, não mamãe Você não me criou para viver nessa zona Não mãe, não, não mamãe Você não me criou para viver nessa zona geral Me sinto cansado, castigado Amargurado, abandonado Jogado que nem pano molhado no chão Vivo intediado, estressado Colocado de lado, avechado Por mercado padrão Não, não, não, não O sonho não é mais que um doce de padaria É a recessão do povo na cabeça vazia A noite surpreende mais um dia sem fim E antes de cair no sono eu caio em mim Sinto que a verdade me espanta e afoga E a felicidade é artigo fora de moda Não mãe, não, não mamãe Você não me criou para engolir essa droga Não mãe, não, não mamãe Você não me criou para engolir essa droga geral