Dizem que o sapo foi pro céu Na viola do urubu Ê que bicho danado, disse a cotia Ê que bicho engomado, disse o tatu O anúncio da festa no céu Convocava só bicho que voa E o sapo foi jogado, despejado da viola do urubu Da beira da lagoa quando canta O sapo canta cururu Engole vento e não cessa de solfejar Sua toada em dez pés Esse moço é rico, ele é fazendeiro Eu pedi um tostão, ele me deu um cruzeiro Se eu coaxo, coaxo, sapejou E na beira do rio, ó maninha Onde faz tanto frio Bebeu, pulou, dançou Cantou com seu registro desigual Esse é o gato que comeu o rato Que roeu a corda que amarrava a bota Bota vinho, bota vinho Vira vira vira virou