Existia uma lagarta triste que se achava feia de doer Coitadinha da lagarta vivia sozinha comendo folhinha Tão esquisitinha se achando feia feia de doer E assim ela vivia, sempre essa vidinha chata de doer Mas um dia foi sentindo uma vontade louca de ficar quieta De ficar parada de ficar calada de não se mexer E assim foi e foi ficando muito tempo a se enrolar E foi tecendo um casulo bem quentinho pra morar e se esquecer Que era sozinha tão tristinha tão esquisitinha Se achando feia, feia de doer Mas o tempo foi passando e tudo mudou Dentro do casulo misteriosamente ela se transformou Ganhou asas coloridas, asas bem compridas Ela era formosa, dama poderosa, virou borboleta Linda de morrer