Estendo as mãos e não sinto nada De um lado ao outro eu vejo só escuridão Vejo um silêncio que me encara E me acompanha nessa minha solidão Estou tão só e ao meu redor ninguém parece me notar Fora de mim, meus dilemas não parecem importar Devo estar flutuando Pelo éter que separa os mundos Não vejo ninguém E essa viagem é que diz tudo que sou Pensei que tinha me abandonado Se ausentado quando eu mais precisei Nunca me disse se estava errado Também não disse as vezes que eu acertei As hoje eu sei que essa viagem pelo céu só eu quem faço Dentro de mim, me sinto leve e despido pelo espaço Devo estar flutuando Pelo éter que separa os mundos Não vejo ninguém E essa viagem é que diz tudo que sou