Andando pela rua a gente vê qual é que é Quem tá vivo e que passou é que bota fé Que Deus existe pra'queles que convivem, Com a realidade de um dia a dia triste. Não falo por mim nem por você que me escuta, E quem sou a falar por alguma criatura. Sou mais um que filmou que felizmente não passou, Com privilegio do que tenho a não sofrer tanta dor. Deus obrigado por tudo que eu tenho, Do juízo me dizendo pra eu não entrar no veneno. De janeiro a janeiro, o senhor me protege, Agradeço por mim mais olhe pelo moleque. Deitado ali no chão, encostado na calçada, A fome lá em cima, você almoçou? Que nada! Quem é que não vê isso, o lado submisso, O povo omisso lambe o político. Que fala, fala, fala, na sua cidade não, Que o povo come bem e todo mundo é barão. Ta todo mundo gordo, ta todo mundo fudido, Mais difícil que dinheiro é no céu, entrar um rico. Tem gente que reclama da comida todo dia, Tem gente que reclama da sua fisionomia, E tem gente que sofre calada com a barriga vazia. Enquanto você se preocupa com seu carro, Lembre-se que todo dia morre um sem ser culpado. Pode ser que tu não veja mais um dia eu vi, E como pode ser natural ver algo assim Um templo de Deus violado pelo homem, Homicídio na quebrada morre o corpo e fica a alma, A dor fica na cara estampada e não sara, de quem será a culpa? Essa pergunta é que cala. Essa pergunta é que cala. De quem será a culpa? Essa pergunta é que cala. Andando pela rua a gente vê qual é que é Quem tá vivo e que passou é que bota fé Que Deus existe pra'queles que convivem, Com a realidade de um dia a dia triste. Tente imaginar o que você não percebe, Ao menos imagine e passe nesse teste. A prova ta aí de quanto isso é injusto, Se o mendigo cheira mal, mais o rico é imundo. Que passe um camelo no buraco da agulha, É mais fácil que um rico safado encontrar a cura. E só quem é vê quem não é tenta prever, Aparece na tv e aliena o povo a poder crer. Errou como o pastor que só idolatra o dinheiro Que se esquece da palavra e te aponta o dedo. Não julgues ninguém pra não ser julgado, O poder prevalece sobre um homem alienado. O que era sua humildade, virou metamorfose, E o que era sua bondade virou nojo de pobre. Olhe ao seu redor e me diz o que te falta, é dinheiro? Essa pergunta é que cala... Essa pergunta é que cala? Ee quem será a culpa? essa pergunta é que cala. Andando pela rua a gente vê qual é que é Quem tá vivo e que passou é que bota fé Que Deus existe pra'queles que convivem, Com a realidade de um dia a dia triste.