*Tipo pegadas na areia mas o mar não apagou. Enxergo ao longo da estrada tudo que a gente passou, *Só lembranças, de tudo que se foi num triz, Muitas lágrimas, sorrisos o que eu fiz ou não fiz. *A boca fala, do que o coração transborda, Um segundo foi o bastante tio, porra a vida é foda. *As vezes é como um punhal afiado e pegando fogo, Essa vontade que bate de reviver tudo de novo. *É foda, cada momento e abraço apertado, Lembra das ultima cerveja e dos conselhos me dado? *Aí cuidado!a vida tem muito a oferecer, E nois dois aqui novão temo muito a viver. *Pode crer, palavras que não vão com o vento, Não era nenhum sábio mas passou ensinamento. *Do quanto a vida é bela mesmo com tanto sofrimento, E mesmo indo embora antes do tempo. -Ninguém espera jão, mas ela vem e desaba, Levando sonhos que nem lixo na enxurrada. -Mistura lágrimas e sangue no concreto, Uma terrível sensação só de passar alí perto. -VéI, lembra de nóis trocando idéia la na praça? E cada lance que a mente fotográfa. -A vida breve herdada pelos mais bons, É primavera ofuscada em tons pasteis, marrons. -Mais, a vida segue com certeza mais triste, De acordar mais um dia e ver que não mais existe. -Não, cê ta vivão mano, ta perto de nóiz, Sinto você, quando peço pra Deus ouvir minha voz. -Eu suplico senhor, receba mais um irmão, Sei que sou falho, e falho, mas peço em oração. -Disposição pra viver, se quem ta vivo tem medo, Pelos que foram, e os que ainda irão mais cedo. Refrão - ja lhe perguntaram antes, mas vou perguntar de novo, de nooooovo, por que é que os bons vão tão cedo, antes de entrar no jogo) -De 13, 18, no máximo 25, O médico não sutura, nem capacete e nem cinto.(segura) -Dos 9 meses de amor, ao 25 na cova, A dor do parto que é foda, é regada a flores e rosas. -(Na memóriaaaa)mistura de tristeza e alegria, Pela pessoa que cê foi e que ainda seria um dia. -A casa cheia, os gurí tudo correndo pela sala, Imagino ó, tudo cuspido a sua cara. -É normal?...mas nem me acostumo com isso, Viver na guerra vendo a mães enterrando seus filhos? -Onde é, que encontram força pra dobrar seu lençol, E sua camisa favorita ainda secando no sol. -Hoje não tem mais rolê, me empresta aí seu boné, E nem a velha disputa de quem pega mais mulher. -Qual que é...ninguém apaga o nosso passado, Nem você, cantando legião, todo desafinado. -As idéia trocada, aquele papo de irmão, Éh, essa energia não se lacra num caixão. -A poeira permanente nas fotos da estante, Vem e vai, sensações e lembranças constantes. -Calafrio que me acompanha riscando cada letra, Inspiração como se alguém direcionasse a caneta. -Por mim...cê acredita que a morte é o fim? Quem sabe um dia nois se esbarra por aí.