Separada no lixo Não incinerável Na beira da calçada Mesmo após o meu Despertar sou eu O mesmo objeto Com meu ódio sou Alvo do abjeto Homem insaciável Me mantendo firme Me auto afirmando Como descartável Uma incoerência, insuficiente, o teu argumento Eu não vou arregar o fardo de ter mais de um significado Acho que no fim fui feito pra ser descartado Substituído e culpado outra vez Sempre a última opção Me querem calado e obediente Não tem mais nada pra eu esconder Cultura doentia do caralho Me sinto um lixo e vazio Vou ter que aprender a ser mais frio Não tem mais nada para eu esconder Vida curta e morte solitária Me devolve meu olhar distante E os meus contornos que eu maquiei Não tem mais nada para eu esconder Vida curta e morte solitária