Bom dia seu crente desgraçado Preconceituoso e nojento Tu me odeia por que eu falo errado Sou fodido de grana e uso sempre a mesma roupa Jamais carregaria a minha mala imunda Com retalhos de fio e ferramenta usada E ainda acredita em meritocracia Diz que veio de baixo, vai te foder Quero dizer, bom dia senhor Você possui uma bela cobertura Mas que calopsita adorável Trancafiada e esquecida numa gaiola Você possuí filhos maravilhosos Cristãos e estudantes de colégios bons Que custam por mês o que eu ganho em um ano Fazendo serviço para reaça escroto Eu não estou com nenhuma brincadeira A porra do preço é esse ai mesmo Mas óbvio que você vai pedir desconto Mesmo sem precisar só pra me desvalorizar Tua classe mesquinha sei identificar Da licença que eu vou transformar Essa casa gigante em um palácio Enquanto eu escuto tuas palavras difíceis Pondo a culpa nos pobres pela desgraça do mundo Continua esculachando os teus subordinados Que eu continuo fingir não ser um deles A propósito muito obrigado pela xícara de café Claro que eu quero açúcar, seu imbecil Já terminei essa presepada, que não mudou em nada a porra da tua vida Só gastou dinheiro que não te faz falta, afinal manter herança foi seu grande mérito Muito obrigado por pagar em cheque Eu estou tão feliz que quero te esmurrar Vou com certeza ser barrado na porta giratória do banco Para sacar essa merda Defende ai os teus interesses da tua forma Que agora consciente eu defendo os meus Em cada proletário germina o ódio À sua classe arrogante e manipuladora Nós vamos nos juntar e acabar com essa porra