Toda essa cultura tem uma fórmula Que pensa e age e formou o que eu sou Programado igual robô Tentando me fazer engolir Toda essa merda, discurso, falácia Que aponta pra mim e me manda calar Aceitar é o caralho, prefiro morrer do que apagar No entorpecer da vida No abandono ou subliminar depressão Induzida omissão Te tragou, mastigou e vomitou no chão Uma família, uma empresa E um contrato tomam conta do que é teu Lucro exorbitante, carga horária abusiva Criam patente, registro E marca com a tua criatividade E nossa força de trabalho Nós é apenas um número Um exército, um formigueiro Forçado a viver em cumplicidade Na merda e infeliz tipo ator e atriz Atuando felicidade A nossa conduta determina o futuro dessa porra Libertação, substituição Ou máquinas que levem a nossa extinção? O homem do dinheiro Não foi programado pra ter compaixão O ódio é um parasita E a minha classe sofre dessa infecção É impossível sanar um problema Sem apontar quem o causou Me considere morto Se um dia eu me trancar em casa E dizer que acabou