Supernada

O Meu Livro

Supernada


É ódio, é  óbvio
Brilha como ócio
Algo há que me engana

Mas continuo, é claro
Sempre atendendo a escuro
Sem os teus assuntos, quanto tempo tu aguentas
Não mintas

Eu sei que é duro, mas como
São porções de culpa
Tens a tua parte e vê se acalmas quem te atura
Não juras

Um de outubro eu desisti de fugir
Dois de janeiro decidi voltar
Pois temo que isto chegue pra escrever
Meu livro

Mas ócio, é simples
Qual o mais robusto
Sangro até ao zero
E verto um pouco no meu copo
Ao sucesso

Não importa descobrir as razões
O que eu gosto mesmo é de as procurar
E creio que isso chega para escrever
Meu livro

É óbvio, é ódio
E brilha como ócio
Algo há que me engana

Mas continuo

Um de outubro eu desisti de fugir