O meu auto-elogio deu-me um calafrio Eu nunca tive jeito para peixe de rio Arte quis ser vida, mas não é para todos Em nata de leite não sonhou ser livre O meu auto-elogio deu-me um calafrio Eu nunca tive jeito para peixe de rio Nem jeito, nem feitio. Mãe, eu fiz um homem! Dentro de um homem, dentro de outro homem Soubesse eu como fazer Não quero nem pensar! É o meu brinquedo, é o meu brinquedo! Eu estrago, eu arranjo, eu entendo E sobretudo é nele que eu aprendo A calar meu medo Há uma casa nos fundos que guarda o segredo E até tu tens medo. Até tu tens medo Do outro lado, eu olho sempre em forma para esconder a verdade Às vezes quase rebento, às vezes quase rebento (Então porque é que não rebentas?) O mundo quer que eu minta. O mundo adora mentiras É o meu brinquedo, é o meu brinquedo! Eu estrago, eu arranjo, eu entendo E sobretudo é nele que eu aprendo A calar meu medo