Chuva seguia bem funda O gosto do mato O corpo no chão Orquestra de mil martelos O pingo de noite O ranger do portão Ó, sapo rei, regerei Mil martelos pra te enlouquecer Marcha sacode a folhagem Da doce engrenagem No frio do manhã Passa um dia sem tempo Uma tarde sem vento No pé de maçã Olha, já é madrugada E te deitas macia Bem longe de mim Pensa no beijo mofado No sonho guardado Bem antes do fim Ó, sapo rei, regerei Mil martelos pra te envaidecer Ó, sapo rei, regerei Mil martelos pra te enlouquecer Vem luz do sol da varanda O leite desanda O brilho no céu Carca os versos e canta Um nó na garganta Passando o chapéu