Se não queres perder um amigo Então não lhe emprestes dinheiro Mais vale oferecer-lhe a guita E evitar um caloteiro Caio sempre no mesmo erro Fraquejo, eles já me conhecem Mãos abertas de mais Gajos como eu não enriquecem Eles dizem que sou porreiro Mas se calhar eu sou otário Já saía milionário Se altruísmo fosse salário Cresci com pouco Pouco tive mas nada me faltou Passei noites em branco, perdi sonho E ninguém me ajudou Dormi com o inimigo e comi o pão que o diabo amassou Nada mudou Só porque o carro que conduzo melhorou Sigo tranquilo da minha vida mas não me apanham a cuspir Se eu der um passo em falso quem me ampara se eu cair E se um dia tudo falhar Faltar trabalho e faltar paca Hei-de de me virar nem que seja a limpar a tua caca A carne é fraca mas não abro a mão da dignidade Por mais alto que suba que nunca perda a humildade Se me fecham portas eu entro em janelas Vou atrás das coisas, eu não espero por elas Corro como correm leões atrás de gazelas A césar o de césar o resto é tudo balelas Observam em silêncio essas vossas novelas Nada de misturas que estas são paralelas Cresce e aprende com as tuas mazelas É na escuridão que afinal te revelas Eu nem sei o que quero ser quando for grande Não penso mais nas coisas, pode ser que num dia abrande A vida vai-se levando Ensinando e os anos passam Mudando adaptando os planos que se traçam Tenho que aceitar que há coisas que me ultrapassam Aprendi que quem me trai são os mesmos que me abraçam As costas furadas das facadas que levei Como posso ter respostas se nem as perguntas sei? Sigo sozinho vou no meu caminho De ti só quero respeito Amigos tenho dois o esquerdo e o direito As luz que irradio são anjos que me iluminam Só eu me conheço Os outros apenas imaginam Alucinam, testem o limite da minha paciência Há pessoas que delas só quero a sua ausência E se me achas estrela então tu és astrólogo Não acabei o curso mas já sou psicólogo Ser bom não chega eu faço por ser excelente Nado diagonal para não ser levado pela corrente Se me fecham portas eu entro em janelas Vou atrás das coisas, eu não espero por elas Corro como correm leões atrás de gazelas A césar o de césar o resto é tudo balelas Observam em silêncio essas vossas novelas Nada de misturas que estas são paralelas Cresce e aprende com as tuas mazelas É na escuridão que afinal te revelas Se me fecham portas eu entro em janelas Vou atrás das coisas, eu não espero por elas Corro como correm leões atrás de gazelas A césar o de césar o resto é tudo balelas Observam em silêncio essas vossas novelas Nada de misturas que estas são paralelas Cresce e aprende com as tuas mazelas É na escuridão que afinal te revelas