Daqui eu vejo casas almotoadas A visão por aqui não deixa falhas É favela sim e não casa de veraneio Para a miséria é o ponto certeiro São poucos com a intenção de ajudar E muitos com o prazer em lhe afundar Cesta básica, roupa estou cheio disso. Já cansei de promessas eu quero compromissos Não me adestre eu não sou animal Sou cidadão comum, um sujeito normal. Lá vem ele com essa conversa de novo Quem vai sumir em um toque de mágica E enrolar, mas uma vez com sua conversa plástica. Comer ovo colorido, beber cafezinho. Pegar criança no colo, distribuir beijinhos. Ser convincente na mentira em horário nobre E defender de peito aberto a figura do pobre O tempo passa e ninguém muda o disco O tempo passa e só não muda os sorrisos Quando você pensa que ta livre desta sina Ele ta de volta dobrando a esquina Chega de promessas... Eu quero solução...