Prédios levantam, o sono é incerto O cinza impregnou em nossas mãos Mais do mesmo ao longo dos dias Que terminam iguais e nada mais E parece que nem amanhece mais A escuridão já vem marcada em nós E toda a inquietação devora a sua paz O cadafalso que fecha todas as portas Prédios levantam, o sono é incerto O cinza impregnou em nossas mãos Mais do mesmo ao longo dos dias Que terminam iguais e nada mais A cidade que cresce em cima de você Quando consumir já não preenche o vazio E quanto tempo vai levar pra você ceder? Entre quatro paredes rachadas nesse chão de concreto Prédios levantam, o sono é incerto O cinza impregnou em nossas mãos Mais do mesmo ao longo dos dias Que terminam iguais e nada mais E não é direito seu estabelecer o meu E não é por opção que buscamos outra cor O horizonte vertical alinhando a sua visão O horizonte vertical que espreme o que sou Prédios Que nos prendem por horas e horas Que rasgam o sonho de querer ser algo mais Que essa máquina que reprime E nos inibe de agir com nossas mãos Mais do mesmo ao longo dos dias Que terminam iguais e nada mais