Escrevo estes versos madrugada a fora, Pra derrubar os olhos no espelho A janela é só uma linha paralela entre a felicidade e o agora, E agora serafim que os comprimidos acabaram Procuro prazeres na perfumaria ao lado, Me perturbo nesse vício, degustando solidão, No submundo os ventos sempre levam pro outro lado E a lembrança do seu rosto sempre tão maquiado, Traz a leve impressão de estar entrando novamente no trem errado, Quando os porcos se afogarem na lama, E cachaça tiver gosto de caldo-de-cana... Sera o fim serafim? Sera o fim serafim? Serafim... Até que em fim serafim chegou mais um recado Fim do mundo ou fim do mes, correio atrasado, Uma carta de amor entregue em hora e endereço errado Ele não mora mais aqui andava meio chateado Se mudou pro endereço da perfumaria ao lado, Tentando curar as dores de um coração delacerado, E a lembrança do seu rosto agora sem pintura, Traz a leve impressão de caído das auturas, E chegado ao fim da linha da loucura cotidiana, Quando os (?) se afogarem nas chamas, E dinheiro for remédio pra dor de quem ama, Sera o fim serafim? Será o fim serafim? Serafim... Quando os porcos se afogarem na lama, E cachaça tiver gosto de caldo-de-cana.