Eu faço tudo por prazer eu jogo alto por você E faço figas pra conter minha aflição Eu já perdi o que eu não tenho E o que eu quero eu quero Mesmo nem que tenha que sofrer Já chega de está tudo bem Está nada bem Que bem que tem em ver as coisas sem você Se não me querem como sou feio por dentro É que a beleza dos que querem não convém Não me importa a cor do seu céu Tudo muda quando a noite é branca Apague a luz que o sol vem aí O que me ascende não me deixa cair Gosto do sujo de você que nem é sujo E quase surge caramujo que nem é A sua lama esparrama a sua fama E a flor do grama que já nasce em você Na minha cama a sua mama é uma trama Que ainda deixa deixa ainda a gente ser A onda nada bem Aonde a índia ainda anda nada bem Não me importa a cor do seu céu Tudo muda quando a noite é branca Apague a luz que o sol vem aí O que me acende não me deixa dormir Eu me matando me mantendo A cada dia a cada fria uma agonia Quem tá sabendo tá sumindo Ou tá subindo e o novo é lindo lindo lendo Traga o vidro que eu sou o metal Corte a fio do que me causa fissura Apague a luz que o breu vem aí O que me ascende não me deixa cair Ainda ontem era quase o que hoje é Nada mais além do que me faz fugir Sempre que posso para que você não me veja Como eu não quero estar Tentando ser o que não sou Para que o feliz seja você que não entende E não aceita como eu a ironia desta vida louca vida Que faz sempre com que a dor Seja mais forte que o prazer Eu gosto muito quando eu gozo E gozo mesmo quando eu gasto É o que me custa e nada mais