Dobrou a esquina da gentil já bem certa Com a serzedelo perto da solidão Desceu andando foi parar no correio Pra com receio abrir seu coração Com tanto tempo já não pinta os cabelos Nunca mais vê-los foi a melhor solução Tirou da bolsa uma resposta sem zelo Mandou com selo pra explicar a decisão Foi tanto e não pôde mais viver Daquele jeito tão dificil de dizer Subiu no bonde levando algum dinheiro Que o mês inteiro ela escondeu no colchão Mandou sinal ao ver o porto da igreja Pediu cerveja pra esperar a embarcação Como quem foge com um terrível segredo Tremeu de medo ao ver abrir o portão Entrou no barco a perguntar se era cedo Ou se era mesmo pra se achar livre então Foi tanto e não pôde mais dizer Adeus pra quem ficou sem nunca entender E quem sabe se um dia ela pode voltar.