O papel em branco sobre a mesa A pena mergulhada no tinteiro Fora da janela o mundo inteiro Espera alguém que cante sua beleza Fim de tarde avermelhado Céu de manto estrelado Tanta coisa sobre o que dizer Mas a pena escreve apenas Uma sílaba, poema De mãos dadas um J e um e Quisera escrever aos meus amigos Em verso e prosa a minha gratidão Um soneto desses bem sentidos Falando aos meus em forma de oração A menina, a rosa, o quadro Um bilhete desbotado Tudo é tema visto a olho nu Mas a pena escreve apenas Uma sílaba, poema Abraçado ao s a letra u Vai chegando o fim da madrugada E o papel me diz pra eu olhar O arrebol, o orvalho, a passarada São temas lindos para se rimar Mas o verso dormiu cedo Sem aviso e em segredo Disse a todos que não me conhece Mas a pena escreve apenas Uma letra faz poema Sibilante, escrevo um s Mas o verso dormiu cedo Sem aviso e em segredo Disse a todos que não me conhece Mas a pena escreve apenas Uma letra faz poema Sibilante, escrevo um s Mas a pena escreve apenas Uma letra faz poema Sibilante, escrevo um s